quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pensamentos

Eis que aparece aquela pessoa, nunca havia percebido mas de alguma forma mexia comigo.

Mexia com meu ser, Aquele desejo me fazia estremecer, arrepiar, me enchia a boca de saliva.

Aquela carne, macia suave e bruta.

Senti a necessidade de ter para mim aquele ser.

Arrepiava-me e sonhava mesmo sem o toque do sono.

Esse desejo me consumia. Tomava-me o ódio daquela necessidade.

Olho a minha volta – Será que podem ouvir meus pensamentos? Oh se pudessem, encontrariam, talvez, os mais horripilantes e dissimulados pensamentos.

Não, não concretizei nenhum, ou quase nenhum. Mas minha imaginação ainda me enlouquece.

O que teria neste que me desperta tantas sensações? Não é nem o mais belo dos seres, nem o mais interessante...

Estava ali e me amedrontava, logo eu que até então nunca havia imposto pudores a meus pensamentos, mas naquele momento a barreira foi erguida, muito embora em vão, afinal ainda era mais forte que eu.

O que ainda me salvava de constituir todas aquelas loucuras era o controle - embora, a parte do meu corpo que era incontrolável era justamente o que controlava todo o resto.

Continue, e continuo, essa necessidade ainda me toma, essa necessidade de certas pessoas, porém descobri que aquela pessoa não era a única que me despertava aquela sensação, também não era qualquer uma que me desperta isso.

Até hoje penso: Ah se descobrissem meus pensamentos...

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